Desde 2001, Alexandre Orion cria pinturas nas paredes da cidade e, com a câmera em punho, espera pela interação espontânea dos passantes. O resultado são fotografias que atribuem à intervenção urbana uma dimensão na vida real, e promovem o encontro (ou o confronto) entre realidade e ficção no campo fotográfico. A série Metabiótica participou de mostras individuais e coletivas em mais de 30 países, em todos os continentes do planeta.
Ossário é o título das intervenções realizadas por Orion nos túneis da cidade de São Paulo. Durante as madrugadas, utilizando apenas retalhos de pano, o artista remove parte da grossa camada de poluição que impregna as laterais dos túneis. Limpando seletivamente a fuligem despejada pelos carros, Orion desenha milhares de caveiras nas paredes. O vídeo de Ossário foi visto por mais de 6 milhões de pessoas em exposições e mostras ao redor do mundo.
Série de gravuras feitas com poluição. Após uma pesquisa de mais de 3 anos, Orion desenvolveu uma técnica de impressão direta nos escapamentos de caminhões que batizou de Polugrafia. Conforme o veículo circula pela cidade, a fuligem produzida pela queima de combustível atravessa uma matriz metálica e atinge o tecido imprimindo os crânios criados por Orion. A série foi exposta no MAD Museum de Nova York, na Maison des Metallos, em Paris, entre outros.
Série de murais que utilizam como único pigmento a fuligem coletada durante a intervenção Ossário. O artista usa uma base acrílica incolor que misturada à poluição compõe a tinta com a qual cria pinturas monumentais. Feitas com pincéis presos à ponta de extensores, medem aproximadamente 600 m2 cada. Podem ser vistas em empenas e usinas termoelétricas no Rio de Janeiro, em Macaé, na Cidade do México, em Frankfurt, São Paulo...
Orion criou uma série de luminosos que mesclam a técnica da sinalização institucional urbana com a estética das escritas marginais. Misturando as linguagens que comumente encontramos nas ruas, o artista traz ambas para um único foco de discussão, sobre as fronteiras entre marginal e institucional. O projeto com grande apelo cultural, não faz concessões estéticas, cria uma ponte luminosa para a escrita das ruas desfilar. Publicado em inúmeros livros didáticos, já foi tema de prova do ENEM.
Série de webdocumentários produzidos por La Maison do Directeur. Défense de Afficher apresenta diversas capitais do mundo através da perspectiva de seus artistas urbanos. Seu conteúdo foi nomeado e apresentado em diferentes festivais ao redor do mundo, e a interface que apresentava os episódios da série recebeu também inúmeros prêmios, dentre eles: PRIX RFI / F24 MEILLEUR WEBDOC 2012 SITE OF THE DAY FWA 2012SITE OF THE DAY FRENCHDESIGN INDEX 2012.
É uma série de retratos pintados por Orion usando a técnica de pintura empregada no início de sua atividade artística, quando andava pelas ruas da cidade com a mochila carregada de sprays. As pinturas são, como Orion as chama, “autorretratos coletivos” dos inúmeros encontros que a rua lhe proporcionou. São a memória intersubjetiva do rosto, do outro como espelho de troca em que o artista reflete suas vivências nas ruas. A série conta ainda com gravuras feitas à partir de matrizes originais, sem uso de processos digitais.
Essa sessão apresenta diferentes murais realizados pelo artista. O ponto em comum entre os trabalhos é um técnica conhecida como perspectiva forçada, na qual a pintura cria uma ilusão de ótica e corrige a distorção natural da perspectiva. Aqui estão pinturas de escala monumental realizadas com o uso de tinta convencional em algumas das principais capitais do mundo. Na sessão Poluição Sobre Muro estão murais que utilizam poluição, fuligem de queima de combustível, como pigmento para pintura.
Série de 11 pinturas acrílicas pintadas sobre PVC expandido e recortado. Iniciada em 2017, Zapping faz referência à velocidade com que vemos as imagens, a fragmentação, a repetição e a efemeridade de seus significados. As obras são criadas tendo como inspiração as imagens que divulgamos e consumimos diariamente nas redes sociais e se tornam metáforas sobre o frenesi e a fragilidade com a qual as sociedades urbanas se identificam com essas imagens que – apresentadas nas atuais inter-faces – são nossas máscaras contemporâneas.
Título da intervenção que utilizou mais de 700 placas de “vende/aluga” para recobrir as paredes externas do SESC Santos para discutir o significado e o valor dos espaços construídos. Orion critica a tendência das relações comerciais se sobreporem às relações humanas. A obra, com 40 metros de extensão, propôs uma forma inusitada de interação. Cada uma das mais de 700 placas divulga um número de telefone que, ligado a uma secretária eletrônica, recebe as ligações do público que pode gravar suas mensagens de voz que você pode ouvir aqui.
Orion é fumante, ex fumante, fumante, ex fumante. Acredita que, de tudo aquilo que é descartado, as bitucas são ícones do modelo de sociedade em que vivemos.Neste autoretrato, o artista reutiliza mais de 17.000 bitucas para retratar sua batalha contra a nicotina (vencida no momento) e refletir sobre o consumo, a compulsão e a autodestruição inerentes ao nosso modo de vida.
Alexandre Orion criou o mural Saudação de 440 m2 na Av. Rebouças, em São Paulo. O trabalho monumental é um reconhecimento aos profissionais da saúde que combateram a pandemia de COVID 19. Pessoas reais cujas histórias são nossa maior inspiração para continuar trabalhando e construindo um futuro melhor e mais humano.
No projeto intitulado UNI, o artista visual Alexandre Orion leva a luz para dentro da fotografia e revela uma aura coletiva que ilumina a diversidade.Orion subverte a técnica convencional da fotografia de retrato. As obras de UNI contam com uma única fonte de luz, e ela está dentro do quadro.
É o primeiro vídeo do projeto transmidiático entitulado TRAGO no qual os artistas Alexandre Orion, Tulipa Ruiz, Rica Amabis e Gustavo Ruiz trabalham com justaposições de camadas de vídeo, software, redes digitais, realidade aumentada, samples de imagens e sons, e instalações criando narrativas para serem contadas em muitas mídias.